Numa noite de muito calor, sentada em frente ao pc, pensando no que escrever deixo minha imaginação vagar. Poderia começar falando sobre a grande necessidade de um grande amigo meu em fazer sexo, o vício dele, ou talvez salientar o meu vício por café, ou livros; Mais não to com tempo nem com vontade de ler e a preguiça de fazer café me domina mais que tudo. Eu acho que devo falar nesse momento sobre minha vida. Minhas necessidades, não são tão sexuais quanto as do Luíz Henrique, que é o Rei de Salvador, que dorme muito pra esquecer o desejo, a vontade de satisfazer seu corpo, minha necessidade, meu anseio é por dias menos tediosos, embora eu não tenha feito grandes coisas pra melhorar isso, eu to de saco cheio dessa vida que to levando. To insatisfeita no trabalho, to sem sorte no amor, sem grana, meu joelho esquerdo tem me dado muito trabalho, minhas sobrancelhas estão crescendo muito rápido, assim como minha barriga, mais ao dizer tudo isso, vejo qual a minha verdadeira necessidade: Preciso me encontrar, me redescobrir, pelos meus olhos, pelos olhos dos meus amigos, pelos olhos do mundo, quero voltar a sentir prazer em andar descalça, quero poder sair pedalando uma bicicleta e sentir o vento refrescar meu rosto e minha alma, quero nunca deixar de acreditar no poder e na importância das pequenas coisas que são as que mais significam. Talvez o que esteja sendo escrito, venha sem nexo, mais os porquês da vida, nem sempre resultam em coisas favoráveis, não no momento em que queremos. Não posso ouvir um número que penso em sexo, não posso ouvir uma música que penso em uma certa pessoa, não posso assistir um filme que tenho vontade de ser aquela menina que é sempre feliz no final. Então acho que nesse meu tempo, nessa minha vida que nem sempre é o que quero mais é a que tenho, necessito sentir apenas meu coração bater e saber que independente das necessidades, desejos, medos, vontades ele é o único capaz de vencer tudo e renovar a esperança em realizar e vivenciar todo o mundo, quando eu menos esperar..



Absinto- me de ti, mais sempre vivo.