Ela me dizia que o meu amor não lhe dava segurança. E eu lhe dizia que quem quer "segurança" não deve buscá-la no Amor. É melhor contratar uma empresa... Mas ela, ingenuamente, insistia: queria que eu prometesse amá-la eternamente. Queria vínculos, promessas, alianças, papéis e confissões. Queria transformar-me de poeta em marido. Queria mudar quem sou. Então, amorosamente, eu lhe dizia: Segurança, certeza, estabilidade — essas coisas você consegue apenas em relações mornas, cinzentas, tradicionais, medíocres. Comigo não! O meu amor será sempre livre, aberto, instável, incerto, inseguro, desgovernado... Porém, sincero, profundo e maravilhosamente louco! Brilhante como um relâmpago — e talvez mais duradouro...
(Edson Medeiros)
(Edson Medeiros)
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