Hoje desaprendi a escrever, a rezar, a dar nó no cadarço do tênis.
Na rua falo com estranhos, pois desaprendi a ter vergonha.
Desaprendi o tamanho do mar, mergulho de cabeça e desaprendo o mundo, desaprendo a todos.
Seus olhos, suas mãos, seus sobrenomes...
Desaprendo o gosto amargo da fumaça dos carros, o doce do pudim de leite, e o sal do suor que foge para a boca. Comigo trago livros tristes e sentada na ponta da cama, com a luz apagada, posso constatar que assim, eu aprendo a chorar de alegria.
2 comentários:
Nossa...esse foi mesmo profundo!
Daqueles que batem lá na alma e ainda demoram um pouquinho pra voltar sabe?
Desaprender é ter a oportunidade de reaprender, só que agora do jeito que se quer...
Bem me identifiquei com esse texto! ^^
Bom demais desaprender contigo :D
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