Vento ventania, me leve sem destino.

O vento vem de tão longe, traz alegrias, celebrações, esperança, mas ás vezes traz coisas que não queremos.

O vento nos faz lembrar que estamos vivos, nos faz olhar pra frente, porque ele passa.

Às vezes suave, às vezes feroz mas ele passa.

Então, sempre quando me sinto só, penso no vento e deixo que ele invada cada cantinho de minha alma assim ele estará comigo.

Com liberdade para ser livre.

Quero ser livre assim, sem barreiras, sem bandeiras, sem nada que venha contra aquilo que quero fazer, quero ser livre, livre como um vírus que entra sem pedir licença, que não tem casa, que não tem cor nem tem crença.

Quero ser livre como um pensamento, pra perder, pra me expressar e pra ganhar.

Quero viver com a liberdade, quero estar sempre sorrindo, seja cedo ou tarde, quero ser livre pra estar, pra ficar sem me importar e pra mudar o que quiser.

Mudar de vida, mudar de roupa e sentimento, mudar tudo o que eu tiver.

Quero ser livre pra me apaixonar, pra morrer de amor, pra desgostar e pra sentir dor.

( T. Francisco)

Certas coisas

É difícil fazer alguém feliz.

Assim como é fácil fazer triste;

É difícil dizer EU TE AMO,

Assim como é fácil não dizer nada;

É difícil ser fiel,

Assim como é fácil se aventurar;

É difícil valorizar um amor,

Assim como é fácil perdê-lo pra sempre;

É difícil agradecer por hoje,

Assim como é fácil viver mais um dia;

É difícil abrir os olhos e enxergar o que de bom a vida te deu,

Assim como é fácil fehar os olhos e atravessar a rua;

É difícil se convencer de que ser é fiel,

Assim como é fácil achar que falta algo;

É difícil fazer alguém sorrir,

Assim como é fácil fazer chorar;

É difícil se pôr no lugar de alguém,

Assim como fácil olhar para o próprio umbingo;

É difícil ver o trem partindo,

Assim como é fácil pedir pra ficar quem quer te levar.

- Se você errou peça desculpas!

É difícil pedir perdão?

Mas quem disse que é fácil ser perdoado!

- Se alguém errou com você, perdoa-o.

É difícil perdoar?

Mas quem disse que é fácil se arrepender?

- Se você sente algo, diga!

É difícil se abrir?

Mas quem disse que é fácil encontrar alguém que queira escutar.

Se alguém reclama de você: Ouça!

É difícil ouvir certas coisas?

Mas quem disse que é fácil ouvir você?

Se alguém te ama, tente amá-lo.

É difícil se entregar?

Mas quem disse que é fácil ser feliz, nem tudo é fácil na vida, mas com certeza nada é impossível. Precisamos acreditar, ter fé e lutar para que não apenas sonhemos, mas também tornemos nossos sonhos em realidade.

" Para o amor, um banco de praça já basta.

Ou ficar na frente do portão.

ou uma xícara de café.

Amor mesmo é um filme de baixo orçamento."

( Fabrício Carpinejar)

Não espere ser amado para amar. Apenas ame...

é o suficiente!

O que me interessa no amor, não é apenas o que ele me dá, mais principalmente o que ele tira de mim: a carência, a ilusão da autossuficiência, a solidão maciça, a boemia exacerbada para suprir vazios. Ele me tira essa indisponibilidade eterna para qualquer um, para qualquer coisa, a qualquer hora. Ele apazigua o meu peito com uma lista breve de prós e contras. Mas me dá escolhas. Eu me percebo transformada pelo o que o amor tirou de mim por precisar do espaço amplo e bem cuidado para se instalar.

O amor tira de mim a amargura, pois não consigo controlar a vulnerabilidade que vem com ele; tira também a intransigência. O amor me ensina negociar os prazos, a superar etapas, a confiar nos fatos. O amor tira de mim a vontade de desistir com facilidade, de ir embora antes de sentir vontade, de abandonar sem saber porquê. E é por isso que o amor me assombra tanto quanto me delicia. Por que não posso virar as costas pra uma mania quando ela vem de uma pessoa inteira. Porque eu não posso fingir que quero estar sozinha quando o meu ser transborda companhia. O amor me tira coisas que eu não gosto, coisas que eu talvez gostasse, mas me dá em dobro o que nunca tive: um namoramento por ele mesmo. O amor me tira aquilo que não serve mais e que me compunha antes. O amor tirou de mim tudo que era falta.

( Marla Queiroz)

Museu de cera

Quem quiser saber por que e não quiser se arrepender, não pode acreditar em tudo, tem que acreditar em algo. Se não tiver instinto, se não estiver atento, se ficar com medo no exato momento, alguém muito à toa soa o alarme, veste o uniforme e transforma tudo em exceção. Tem que pagar pra ver, tem que ver pra crer, tem que jogar pra ganhar, tem que correr atrás, quem viver verá.

Quem quiser remar contra a maré tem que remar muito mais forte. Não vá à guerra de pés descalços.

( Humberto Gessinger)

É isso aí.

Depois de quase dois meses distante, estou de volta com meus pensamentos e sentimentos conflitantes. Me vejo contemplando a humanidade com ar de sonhadora, vago e ausente. Tenho cantado cada vez mais sozinha, fazendo ínumeras caras e boca na frente do espelho, por mais que eu queira não consigo sonhar com os pés no chão, desejo coisas e talvez pessoas que nunca vou ter, me importo com pessoas que nem sequer lembram de mim, gosto de dormir pra tentar fugir dos meus problemas, gosto cada vez mais de ler pra entrar num universo particular, ouço as mesmas músicas pois elas são companhias agradáveis demais, não gosto de sentir medo, por medo de não ter ninguém pra me abraçar, eu choro cada vez mais em filmes tristes, eu digo que quero esquecer mais no fundo eu não quero, digo tantas coisas que não queria, faço muitas coisas que não faria se pensasse melhor. Às vezes eu morro de rir de mim mesma depois de chorar litros.

( Taísa Francisco)